Reino Babilônico, aproximadamente ano 600 a.C.: Em meio a
uma sociedade idólatra, cujos pensamentos eram corroborados e sujeitos à
adoração a um rei megalomaníaco, vivia um povo, que por consequência de
atitudes desobedientes e rebeldes a um Deus compassivo e amoroso, foi levado
cativo a uma nação estranha. Mas, havia luz... Servos inconformados se negaram
a aceitar o sistema secular e antagônico ao chamado do Senhor Deus. A história
é conhecida: Hananias, Misael e Azarias, junto com o povo da época, foram
convocados a se prostrar ante a estátua que o rei Nabucodonosor havia erguido,
mas (amo esse “mas”! =)... Eles não fizeram isso! O conhecimento de que um Deus
bom faria o que fosse agradável a Ele e de que somente o Grande Eu Sou é digno
de ser adorado por tudo que Ele é tomou seus corações e eles se recusaram!
Impactante, ousadia, fidelidade ao extremo... Fé! É surpreendente imaginar a
coragem e a confiança com os quais eles tomados do amor ao Pai puderam dizer:
“Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei
Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o
nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da
fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei,
que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que
levantaste.”
{Daniel 3:16-18}
Dá para
sentir a força das palavras proclamadas pelos três servos do Pai ali presentes.
Note, em especial, o início do verso 18, quando eles, certamente em conjunto,
dizem:
“... E, se não, fica
sabendo ó rei, ...”
A mensagem central deste post é repensar nossos conceitos em
relação a servir a Deus: Será que O adoramos por causa das bênçãos que Ele pode
nos dar? Se Ele não quiser nos abençoar, nos curar, nos dar algo que tanto
pedimos a Ele, continuamos firmes com o propósito de segui-Lo? Ele é bom, Ele é
Deus, independentemente dos nossos achismos, dúvidas ou anseios. Observe o
exemplo de Hananias, Misael e Azarias: Eles não estavam nem aí se Deus não os
livrasse da fornalha ardente. Eles criam fortemente que o Senhor a quem eles
serviam iria livrá-los da fornalha e da ira do rei, mas logo em seguida, eles
reafirmam dizendo que se esse livramento não acontecesse, eles continuaram
retos e firmes na decisão de não servir a outros deuses. Que exemplo!
Me entristeço quando vejo ideias de adorar ao Senhor para a
bênção chegar, que é adorando que a bênção vem, que o Senhor tem que nos dar a
vitória e coisas do tipo. Se Ele não quiser nos abençoar como esperamos, Ele
continua sendo Deus, continua sendo bom, continua sendo o Amor. Hananias,
Misael e Azarias poderiam querer adorar ao Senhor se Ele apenas os livrasse da
fornalha ardente, mas Eles foram além e proclamaram fielmente que se o Senhor
não os livrasse eles continuam firmes em adorar somente a Ele. Não estou favorecendo
a derrota, nem dizendo que a adoração ditada por algumas mensagens seja
inválida, mas é que tendo o Senhor reinando em nossos corações, nossa vida
entregue a Ele e em caminho obediente e íntegro a Ele, a bênção por si só já
temos: Ele é o centro, o mais importante, o Rei que morreu para nos dar a vida
e hoje vive e reina para todo o sempre, lindo como só Ele é e que voltará para
buscar Seu povo que for fiel até o fim. Ele já nos fez mais que vencedores, o
resto é detalhe... Coisas pequenas se comparadas com a bênção grandiosa de ter
um Pai de amor para adorar por toda a eternidade. Mesmo se os três jovens ali
morressem queimados, eles teriam morrido em obediência ao Senhor e, pode ter
certeza, que eles seriam vitoriosos por isso. O mesmo acontece conosco: Talvez
o conceito que temos de vitória seja um, mas uma derrota aparente, quando em
obediência ao Senhor, é uma vitória e o nome dEle sendo exaltado é mais que
suficiente para nos sentirmos regozijados! Bênçãos não são apenas acréscimos,
podem ser determinadas perdas também, para o favor do Senhor em nós e Sua
glória. :)
“Todos os dias do oprimido são maus, mas o coração alegre é um banquete
contínuo. Melhor é o pouco com o temor do SENHOR, do que um grande tesouro onde
há inquietação. Melhor é a comida de hortaliça, onde há amor, do que o boi
cevado, e com ele o ódio.”
{Provérbios 15:15-17}
Certa vez, conversando com a Rê, ela me disse algo muito
interessante:
"Se hoje você soubesse que Deus não é mais o dono de tudo, que tem
um pequeno terro, você ainda ficaria com Ele? Eu imagino um Pai carinhoso com
seus filhos, e mesmo se o Pai se tornasse um morador de rua, continuaria
sorrindo pros seus filhos, cuidando deles, dando o que pode de comer, tirando
até o dele. Às vezes, só acompanhamos Deus até o momento que está tudo bem,
depois esquecemos quem Ele realmente é. Mas, é melhor uma refeição onde se tem
verduras com amor, do que boi gordo com ódio; É melhor estar com Deus que é
amor, que riqueza e fama no mundo com ódio do inimigo acompanhado."
Que venhamos repensar nossos conceitos sobre o compromisso,
a missão de amarmos ao Senhor pelo que Ele é, e não como uma obrigação de ter
que servir a Deus como se fosse um fardo diário, afinal Ele já nos fez livres.
Ele nos ama ao ponto de morrer para nos dar a vida. Ele trocou Sua vida pela
nossa. Ele deixou seu coração incendiar por amor a nós. Só nos resta fazer o
mesmo.
Este post é a continuação do anterior que o Senhor me
concedeu aqui no blog. Agradecido primeiramente a Papai do céu pelo Seu amor
sem igual e Sua bondade sem fim e, mais uma vez, à minha amiga tão especial que
é a Rê, me aproximando do amor do Senhor com suas palavras carinhosas e que me
mostram mais quem o Senhor é. ^^/
Que o Senhor Deus te abençoe e te guarde em nome do Senhor
Jesus! ;]
Que lindo Vitinho, agradeço a Deus por uma pessoa como você que aproxima os outros dEle. Lindo post, e eu preciso praticar muito, muito isso. Preciso seguir com Deus só por amor a Ele, e o resto é colocado. Buscai primeiro o reino de Deus e todas as outras coisas lhe serão acrescentadas. c:
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